Quinta-feira, 17 de Novembro de 2011
Em modo "paibabadismo" apetecia-me pôr aqui todas, escolhi uma, o resto está onde pertencem, no Blog deles
Quinta-feira, 16 de Junho de 2011
Esta escola é algo especial. Onde as escolas "normais" têm recreios assépticos de borracha, esta é em Monsanto, num palácio do Séc. XVIII, o "recreio" são os jardins, o chão, terra como antigamente, os "aparelhos de trepar" ainda em ferro... só mesmo conhecendo. Todo o conceito de ensino é também diferente, não há notas, há arte, há horta e animais de criação. Por tudo isto escolhemos o Beiral para a primária dos nossos filhos, que por terem 16 meses de diferença terminaram o 4º ano em 2010 o Afonso e agora em 2011 a Matilde.
A título de curiosidade, há dias chego ao Beiral para ir buscar a Matilde e estava ela à conversa com a Manuela Azevedo dos Clã. O clip de "Embeiçados" foi filmado lá e tinham lá ido tocar um mini-concerto acústico. Claro que agora tenho em casa um super-fã dos Clã, o que me parece muito bem.
No 4º ano têm uma série de actividades de finalistas - uma peça de teatro para os pais, uma viagem de finalistas de 2 dias na Serra da Lousã, um baile de gala, um jantar de gala, uma quantidade de iniciativas e actividades nas quais veio a encaixar este projecto dos livros.
A professora do Afonso, que acabou o 4º ano em 2010, costuma convidar os pais dos alunos dela a irem falar à turma sobre as suas actividades profissionais. Ora, como é muito difícil explicar a crianças de 9-10 anos o que é a minha profissão, que eu próprio não consigo definir melhor que "escrevinhador" porque escritor não sou mas a minha vida é feita a escrever, pensei em mostrar como se faz um livro e usar a edição online como exemplo.
Como precisava de "material" para simular a edição de um livro, pedi à professora Mafalda que me enviasse algumas composições/contos dos alunos para fazer essa simulação e daí nasceu a ideia de lançar o desafio de cada um escrever dois contos para editarem o seu próprio livro. Assim nasceu o ano passado o livro “As Nossas Histórias”que não tem qualquer objectivo comercial (é vendido a preço de custo e disponibilizado para download gratuito como e-book), foi pensado para desenvolver o gosto pela leitura e, tanto quanto possível, deixar o "bichinho" do orgulho de ter um livro editado, quem sabe uma semente para o futuro. A reacção das crianças foi incrível.
Claro que este ano, a Matilde, sendo finalista, quis o mesmo "tratamento" do irmão e eu com prazer propus ao professor dela repetir o projecto, sendo que este ano se alargou às duas turmas do 4º ano, num total de 34 alunos. O livro já editado foi ontem apresentado aos autores, o “Contos Finais”.
Dá trabalho, reunir, corrigir, editar, formatar, publicar nem tanto (tirando a capa, onde tenho que recorrer ao melhor que o improviso me permite) mas só o prazer de ouvir uns "não sabia que era tão fácil, vou escrever um livro só meu nas férias" ou "quando for grande quero ser escritora" ou esta que adorei "pensava que ser escritor fosse muito chato mas afinal parece ser muito bom" mais que compensa o trabalho que dá e mais que desse.
O facto de ser uma escola com características especiais permitiu que estes projectos se concretizassem e para 2012, já sem filhos no Beiral, ficou já ontem falada a hipótese de se dar continuidade a esta iniciativa. Pessoalmente gostava e havendo esta vontade mútua, é bem provável que em junho de 2012 tenhamos um terceiro volume destes contos infantis destes mini-grandes-autores.
Um agradecimento especial à Bubok que desempenhou um papel fundamental neste projecto.
Terça-feira, 15 de Março de 2011
Desenhos... de onde vem o jeito? Não sei, só se saem ao pai, a mim não é de certeza... (sim, eu digo-lhes isto... sim, eu sei que isso não se faz, por isso é que faço...)
Dele (mais aqui)
Dela (mais aqui)
Segunda-feira, 14 de Março de 2011
coisas novas
de filharar
de micro-contar
Quarta-feira, 28 de Julho de 2010
Quarta-feira, 2 de Junho de 2010
Segunda-feira, 15 de Março de 2010
Dissecam-se os
lanches da escola e o Afoso estreia-se a publicar as suas "
estórias".
Terça-feira, 26 de Janeiro de 2010
- Pai, dá-me um copo de água.
- Não posso. Só temos de vidro e de plástico.
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Quinta-feira, 2 de Julho de 2009
Como é que explico aos meus filhos que agora "ir por ali" e "ir por ali" podem ser duas coisas diferentes?
Verbo Pôr, volta, estás perdoado!
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Quarta-feira, 4 de Fevereiro de 2009
Porque é que chamamos "fazer a barba" a desfazê-la.
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Segunda-feira, 5 de Janeiro de 2009
"A constipação deles de cada ano lhes dai o mais depressa possivel e de preferencia só uma".
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Terça-feira, 27 de Novembro de 2007
- A., os teus dentes entraram em greve, não crescem os que caíram nem caem mais?
- Parece que sim
- E tu por acaso sabes o que é estar em greve?
- Sei, é estar de férias.
Eu lá dei a explicação correcta, mas não apaguei uma engraçada sensação de que se calhar ele é que me tinha explicado alguma coisa a mim...
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Quinta-feira, 15 de Novembro de 2007
- Não gosto quando tu gritas.
- Eu também não gosto de gritar, M. mas às vezes é a única maneira de vocês fazerem o que eu mando, não é?
- Às vezes é, mas é mau à mesma.
- Olha, pelo menos não dói.
- Dói, dói.
- Dói? Pensava que palmadas é que doiam.
- Os gritos doem no coração.
(ora toma que já almocas-t... almocei)
Mais uma vez, esta não terá sido, do ponto de vista de credibilidade paizal o melhor momento para soltar uma sonora gargalhada, mas é incontrolável. Só que aqui, ao mesmo tempo que ri da expressão a cabeça pensa no conteúdo. Pelo que ela disse e pela forma que disse. Porque eu sei, é minha filha, que a M. não está a apenas a usar uma expressão que não espero ouvir da boca de uma pirralha de 6 anos, ela quer mesmo dizer aquilo.
Se há alturas em que tenho que ter a humildade de lhes dar razão (se tiver sempre eu, perco a credibilidade, torna-se um dado adquirido) esta foi uma delas
(porque é que eu me rio de ela me dizer que magoa o coração se eles são mestres em manipular e se for preciso recorrer a todas as armas fazer o nosso sentir-se mal?)
Finalizei com uma tentativa de acordo (nesta casa o Acordo é uma fase de teste de alguma medida que se se provar eficiente passa a Regra, é escrita e tem que ser respeitada por todos... menos a cadela).
- Então eu prometo que vou tentar gritar menos e tu prometes que vais obedecer antes de eu ter que gritar, parece-te bem?
- Eu vou tentar.
Claro que passados 10 minutos, quando,
- M., vai tomar banho (pela 3a vez)
- Deixa-me só...
- Deixa-me só não ter que te magoar o coração, está bem?
Percebeu e foi.
Terça-feira, 13 de Novembro de 2007
(Conforme disse, passo a publicar aqui os textos de todos os meus belogues. Hoje estreio aqui o relato dos episódios reais que partilho com os meus filhotes, o A. de 7 anos e a M. de 6)
- ... Isso chama-se ser supersticioso. Havia uma música dos Heróis do Mar que era "Eu cá não sou supersticioso, mas o pai dela dá-me azar. Na sala não, pode ser p'rigoso. Vamos pró carro namorar"
- Pró carro namorar? Só se for para fazer sexo.
(breve paragem cerebral)
- Fazer o quê, M.?
- Sexo.
(longa tentativa para falar impedida pelo riso)
- Mas tu sabes o que é sexo?
- Sei, é duas pessoas despirem-se todas e beijarem-se na boca - diz-me a pirralha de 6 anos ainda indignada com o meu riso.
- Oh, não é nada! - diz o rapazote de 7 (é aqui que nós, homens, começamos a perder terreno)
- É, não é pai?
(tentativa de seriedade)
- É M., é muito parecido com isso. É como os adultos fazem os bebés.
- As pessoas despem-se? Bolas, então não vou querer fazer sexo nunca, que nojo!
- Pois a mim parece-me delicioso, acho que vou querer fazer sexo 300 mil vezes. Se for com o A.M. então 300 mil e duzentas, ele é lindo.
(breve pânico)
- Isso talvez seja melhor eu explicar-te mais tarde, M.
- Pois, queres ter 300 mil filhos?
- A., também não se tem um filho cada vez que se faz sexo.
(ai, que caminho…)
- As vezes falha?
- É um bocadinho mais complicado que isso mas se calhar ainda é cedo para vocês perceberem.
(pausa para tentar controlar de vez o riso e imaginar uma linha de fuga. Não deu tempo)
- Tu e a mãe já fizeram sexo?
(pausa para severo engasgamento)
- Claro, senão vocês não tinham nascido.
- Então fizeram duas vezes?
(estou perdido, e não só de riso)
- Pelo menos, sim.
E eis que se deram por subitamente satisfeitos… por ora…
É que o problema não é falar abertamente sobre as coisas, é o como falar delas de forma a que eles percebam e nós não fiquemos completamente entalados.